terça-feira, 28 de setembro de 2010

Geração Rasca: Jornalistas, Políticos, Sindicalistas e outros quejandos!

O que está em causa em Portugal não é apenas o folclore – que diariamente nos enche a caixa de correio com ppt’s muito bem feitos … horas de árduo trabalho - dos títulos similares ao desta noticia:
Agencia Financeira "Pensões Milionárias"
Preocupante é a omissão “inteligente” e grave à realidade latente nesta notícia, quando transposta para os escalões mais baixos, pelos supra referidos os quais tinham dever de a denunciar!
No texto complementado com informação (abaixo) parcialmente transcrita, concluímos o que já todos sabemos:
- Em Portugal há Portugueses de 1ª, porque em Portugal há Portugueses de 2ª!
Não apenas nos postais já gastos pelo uso, também aqui se aplica a afirmação de J.A.: eles comem tudo…
Vejamos os dados que a Esquerda Caviar não quer ouvir, dado que a Maioria Silenciosa, não dá votos:

In “Sol” Julho 2010
“…
No ano passado, a Caixa Geral de Aposentações (CGA) registou mais de 47 mil pensionistas com reformas acima de 2.500 euros, uma subida de 25%. Os custos do sistema aumentaram 300 milhões de euros.
A pensão média no Estado, no ano passado, foi de 1.261,5 euros, ao passo que a média nacional é de 454 euros.
A média das pensões pagas pela Segurança Social nos primeiros seis meses do ano foi de 397,17 euros por mês.
Este valor fica, assim, perto do limiar da pobreza, fixado em 2008 nos 354 euros.
No ano passado, na função publica a idade média de reforma foi de 59,6 anos.
Em média, os funcionários públicos que se reformaram no ano passado fizeram descontos durante 30,4 anos.”

In “Agencia -Financeira” Setembro 2010
“… Entre os meses de Janeiro a Outubro deste ano, o universo de pensionistas milionários ascende:
4763 na CGA         818 na Segurança Social
De Janeiro a Outubro, CGA, aposentaram-se 230 pessoas com reformas acima de quatro mil euros por mês.
Regime geral da Segurança Social, entre Outubro de 2009 e Setembro deste ano, o número de novos aposentados com uma reforma mensal superior a 5030 euros, ascendeu a 67 pessoas. “

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pedro Maia Gomes

Português, Doutorado em Ecomomia, Professor na Universidade Carlos III, Madrid.

Escreveu este artigo, brilhante, que tomo a liberdade de partilhar dado que foi publicado na imprensa; concluiu o que JAS e HM do Sol e Expresso, respectivamente, nunca teriam a coragem de escrever, dado ser uma abordagem "politicamente incorrecta"!


http://personal.lse.ac.uk/GOMESP/8-Press/Expresso100904.pdf
Fazer o que ainda não feito
A primeira reacção à proposta de um corte dos salários no sector público serásempre negativa. No entanto, é preciso ter coragem para a discutir sem preconceitos poisexistem razões que a sustentam.O processo de determinação dos salários na função pública é muito diferente dosector privado. Imaginemos uma fábrica onde as remunerações aumentam sucessivamenteacima da produtividade. O momento chegará em que os custos tornar-se-ão superiores aopreço praticado no mercado, condenando a empresa a abandonar a actividade. Ora, nosector público não existe um mecanismo similar para corrigir aumentos excessivos desalários relativamente ao sector privado, que se acumulam com o passar dos anos, porefeito dos ciclos políticos e da pressão sindical.Efectivamente, em Portugal esta tendência existe. Em 2005, 13.5% da populaçãoactiva trabalhava para o Estado, um nível inferior à média na zona Euro. Mas enquanto ospaíses da zona Euro gastavam 11% do PIB com a massa salarial, Portugal gastava 14.5%.A Suécia, onde o Estado empregava 28.3% da população activa, gastava 15.8% do PIB. Oproblema não está no emprego público, mas sim nos seus salários. É natural que o saláriomédio seja mais elevado no sector público, pois emprega mais licenciados. Mas estudos doBanco de Portugal mostram que, em média, pessoas com características similares(educação, experiência, etc.) recebem mais no sector público. Este “prémio”, que era de 9%em 1996, aumentou para 16% em 2005.Para além de vencimentos mais elevados, a generalidade dos trabalhadores doEstado tem um outro benefício extraordinário relativamente ao sector privado: a segurança.Ao oferecer salários mais elevados e mais segurança, o Estado cria uma assimetria enormeno mercado de trabalho. Entre os sintomas desta assimetria estão o número de candidaturaspor cada vaga aberta no sector público, a pressão junto do poder político para os jobs forthe boys, enquanto são poucos os trabalhadores do Estado a despedirem-se para ir trabalharno sector privado.A redução dos salários no sector público deve ser vista como uma medida estruturalpara atenuar esta assimetria. Mas, dada a conjuntura de crise económica e orçamental,acaba por ser a melhor opção para cortar a despesa. Embora esta redução tenha um efeitonegativo na procura, este é certamente mais fraco do que outro tipo de cortes. O empregopúblico, o investimento público ou o subsídio de desemprego são componentes da despesamais fortes a estimular a economia e como tal é mais desaconselhado a sua redução duranteuma recessão. Mais: a teoria sugere que esta medida pode funcionar como um choque nomercado de trabalho, contribuindo para uma moderação salarial no sector privado,incentivando a criação de emprego. Política semelhante foi seguida com sucesso nos paísesnórdicos que optaram por ter um elevado número de funcionários públicos, oferecendomais segurança a troco de salários mais baixos. Este é um dos segredos para terem taxas dedesemprego tão baixas com um peso do Estado no mercado de trabalho tão elevado.Para ficarmos com uma ideia, um corte de 10% nos salários permitiria reduzir adespesa em 2 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 1.4% do PIB. Para conseguiruma diminuição na despesa da mesma magnitude seria preciso abolir o subsídio dedesemprego ou reduzir 73 mil funcionários públicos. Mesmo todas as privatizaçõesprevistas no PEC irão gerar 1.5 mil milhões de euros por ano, durante apenas 4 anos.Que não haja dúvidas. Nenhum outro caminho permite uma redução da despesapública significativa, sem um efeito tão negativo na procura, promovendo a equidade entreo sector público e privado no mercado de trabalho, incentivando a criação de emprego, nãoatacando o estado social, garantindo o fornecimento de serviços públicos e evitandoproblemas sociais mais graves.

Pedro Maia Gomes
Professor na Universidade Carlos III, Madrid
personal.lse.ac.uk\gomesp\1-Academia\Press.htm

terça-feira, 14 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Elogio da Loucura


Erasmo escreveu “Elogio da Loucura” no sec. XVI, ou no sec.XXI ?




“Assim, pergunto se se deve estimar o que magoa, ou antes o que ensina e instrui, censurando a vida e os costumes humanos, sem pessoalmente ferir ninguém”



“Mas agora vamos a assuntos sérios: filósofos e sábios são os asnos mais chatos do universo. Fazei ...a experiência: convidai-os para jantar e, rapidamente, começareis a bocejar. «Por todo o lado só existe o disfarce, e a comédia da vida representa-se do mesmo modo». Todas as paixões dependem da loucura. Os homens mais felizes são os que conseguem escapar à ciência e têm na natureza o seu guia mais simples. A verdade é que os menos infelizes são aqueles que mais se aproximam da estupidez e idiotice. E deixai-os gozar a felicidade. Não desejaríamos nós viver em semelhante despreocupação? O pior, o mais inábil, é o que agrada à maioria, pois esta é dominada pela loucura. Por isso, para quê tentar atingir a erudição enfadonha e aborrecida? «O espírito do homem é feito de maneira que lhe agrada muito mais a mentira do que a verdade».”

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Story of Stuff



Desde o inicio do ciclo produtivo até à venda, uso e descarte, todas as ”Coisas” afectam a nossa vida; seja em casa, seja com a comunidades envolvente.
A maioria porém não está à vista!
"Story of Stuff" é uma visão rápida dos nossos padrões de produção e consumo. Evidencia as conexões entre um enorme número de questõe...s ambientais e sociais, e alerta-nos para em conjunto criar-mos um mundo mais sustentável e justo.
Esta história pretende ensinar-nos alguma coisa e com algum humor, mudar a maneira como olhamos para todas as Coisas, que fazem parte da nossa vida.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sidibousaidianos.

Hoje recordei Sidi Bou Said (Tunisia):


Sidi Bou Said é uma pequena vila, carismática, perto de Tunes.

Um lugar apaixonante com casas divinamente brancas com as suas portas e janelas num azul vivo, lindo, e as buganvílias, a trepar por todo o lado.

Não vou descrever SBS, vou neste caso abordar a Janela.

Esta janela foi pe...nsada como um local onde a Mulher da casa tenha direito a ver o Mundo, sem ser vista, ou seja sem se expor (a tal cultura…)!

Nas minhas deambulações pela Net e particularmente pelo facebook, apercebo-me que temos muitas senhoras (e senhores) sidibousaidianos.

“Eles andem por aqui” mas, estão por detrás da janela, por vezes com mascara veneziana; não se expõem, não arriscam a sua Superior Dignidade!

Imaginemos este dialogo surdo:

“Facebook? pasquim CM? Futebol? não sei o que são essas mundanices!

O meu hobby é exclusivamente a Economist e o JL”!

“Voyeurismo, ah, isso obviamente que conheço; são um perigo social esses meliantes!”

Prontos!